domingo, 3 de janeiro de 2016

Ferida Oncológica



A ferida oncológica ocorre pela migração infiltrativa de células tumorais malignas para o meio externo, lesando a integralidade cutânea.

Os tumores durante seu desenvolvimento constituem sua própria rede vascular, o que causa um aumento da pressão sobre o tecido adjacente e aumenta a incidência de sangramento na ferida. 


O volume de exsudato eliminado pela ferida tumoral é relacionado à hiper-permeabilidade ao fibrinogênio e plasma, aos tumores secretarem um fator de permeabilidade vascular e o grande número de microorganismos que colonizam a lesão, liberando ácidos voláteis que vêem dar origem ao odor.

Outro problema importante no tratamento da é ferida é a dor, que muitas vezes é causada pelo crescimento rápido e descontrolado da ferida tumoral, determinada também pela sensação do leito e pelo trauma proposto no momento do curativo. Essa dor pode ser aumentada por fatores do meio físico proporcionados pela cobertura primária, como a desidratação e/ou umidade excessiva e componentes bioquímicos neuroexcitantes em caso de exposição nervosa em meio à lesão.

O tratamento da ferida oncológica tem como objetivo:
- Identificar e eliminar lojas de infecção;
-Controlar a dor;
-Controlar sangramento;
-Controlar e registrar o aspecto da drenagem;
-Promover conforto e bem-estar ao paciente;



Uso do Alginato em Feridas Crônicas

Composição: fibras de puro alginato de cálcio derivado de algas marinhas.

 Mecanismo de ação: o sódio presente no exsudato e no sangue interage com o cálcio presente no curativo de alginato. A troca iônica auxilia no desbridamento autolítico, tem alta capacidade de absorção, resulta na formação de um gel que mantém o meio úmido para a cicatrização e induz a hemostasia. 

Indicação: 
-Feridas abertas;
-Feridas sangrantes;
-Áreas doadoras de pele;
-Feridas cavitárias
-Feridas altamente exsudativas com ou sem infecção, até a redução do exsudato. 



Contra indicação: 
-Lesões superficiais com pouca ou nenhuma exsudação.

Atenção:Convém lembrar que as superfícies ósseas, articulares e tendinosas não devem receber coberturas de alginato.


Modo de usar: remover exsudato e o tecido desvitalizado. Modelar o alginato no interior da ferida umedecendo a fibra com solução fisiológica. Não deixar que a fibra de alginato ultrapasse a borda da ferida. Ocluir com cobertura secundária estéril.